O Rio de Janeiro, conhecido por seu clima tropical e alta incidência solar, é um dos estados brasileiros com maior potencial para a geração de energia fotovoltaica. Com a crescente busca por fontes renováveis e sustentáveis, a energia solar no RJ tem ganhado destaque, tanto em residências quanto em empresas e indústrias.

Neste artigo, exploraremos o panorama da energia solar no estado, seus benefícios, incentivos, desafios e perspectivas futuras.

1. Potencial Solar do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro possui excelentes condições para a geração de energia solar devido a:

• Alta irradiação solar: Com média de 5,4 kWh/m² por dia, superior à média nacional (4,5 a 6,3 kWh/m²).

• Clima ensolarado: Regiões como Norte Fluminense e Baixada Fluminense têm alta disponibilidade de luz solar.

• Redução de perdas: Sistemas fotovoltaicos próximos aos centros de consumo minimizam perdas na transmissão.

Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o RJ está entre os 10 estados com maior capacidade instalada no Brasil, com mais de 1.200 MW em operação (dados de 2024).

2. Benefícios da Energia Solar no RJ

2.1. Economia na Conta de Luz

• Redução de até 95% na conta de energia elétrica.

• Sistema de compensação de créditos (Resolução Normativa 1.000/2021): O excedente gerado pode ser convertido em créditos para uso em até 60 meses.

2.2. Valorização do Imóvel

• Propriedades com sistemas solares têm valorização de até 10%.

2.3. Sustentabilidade Ambiental

• Redução da dependência de termelétricas, que emitem gases poluentes.

• Cada MW de energia solar instalada evita a emissão de ~1.000 toneladas de CO² por ano.

2.4. Incentivos Fiscais e Financiamentos

• Isenção de ICMS sobre a energia injetada na rede (Convênio Confaz 16/2015).

• Financiamentos a juros baixos (ex.: BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica).

3. Modalidades de Geração de Energia Solar no RJ

3.1. Sistemas On-Grid (Conectados à Rede)

• Mais comum em residências e empresas.

• Necessita de homologação junto à distribuidora (Light ou Enel).

3.2. Sistemas Off-Grid (Autônomos)

• Usam baterias para armazenamento.

• Ideal para locais remotos sem acesso à rede elétrica.

3.3. Geração Compartilhada e Autoconsumo Remoto

• Permite que condomínios e empresas compartilhem a energia gerada.

4. Desafios da Energia Solar no RJ

4.1. Custo Inicial Elevado

• Apesar da queda nos preços dos painéis, o investimento inicial ainda é alto ($15.000aR\$$ 50.000 para residências).

4.2. Burocracia e Morosidade

• Processo de homologação pode levar até 60 dias.

4.3. Falta de Políticas Públicas mais Eficientes

• Poucos incentivos municipais comparados a outros estados.

5. Projetos e Iniciativas em Destaque no RJ

• Usina Solar de Piraí: Uma das primeiras usinas solares do estado, com capacidade de 1 MW.

• Programa Light Solar: Incentivo à instalação de sistemas fotovoltaicos em comunidades carentes.

• Energia Solar em Favelas: Projetos como o Favela Solar (instalação de painéis em comunidades).

6. Perspectivas Futuras

• Expansão de usinas solares em regiões como Itaguaí e Campos dos Goytacazes.

• Aumento da adesão em residências e empresas devido à crise energética e altas tarifas.

• Novas tecnologias, como telhas solares e painéis bifaciais, devem impulsionar o mercado.

Conclusão

O Rio de Janeiro tem um enorme potencial para se tornar um líder em energia solar no Brasil. Com investimentos em políticas públicas, redução de burocracia e incentivos fiscais, o estado pode acelerar sua transição energética, trazendo economia, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico.

A energia solar não é apenas uma alternativa viável, mas uma necessidade para um futuro mais limpo e eficiente.

Fontes Consultadas:

• ABSOLAR

• ANEEL

• Light RJ

• Governo do Estado do RJ